11 junho 2006

AHETA sugere investimentos na EN125 e no Interior Algarvio

A AHETA, Associação dos Hoteis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, remeteu às entidades competentes os seus comentários sobre o Novo Quadro Comunitário de Apoio para o período 2007-2013 (QREN).
No documento enviado à CCDRA, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região do Algarve, a AHETA defende a necessidade de concentrar o essencial dos recursos financeiros disponíveis num número limitado de projectos de índole regional, designadamente os previstos na Revisão do PROTAL.
Por outro lado, a AHETA mostrou-se disponível para colaborar na construção de uma nova Estratégia de Desenvolvimento Económico e Social para o Algarve, centrada no facto da prosperidade actual e futura da Região depender, cada vez mais, da actividade turística.

No âmbito do QREN, (Quadro de Referência Estratégico Nacional) que drasticamente reduziu os apoios comunitários à região do Algarve, o presidente da AHETA, Elidérico Viegas revelou: «o que faz sentido é que essas verbas sejam aplicadas em projectos de índole regional, que sirvam toda a região, em vez de serem dispersados por um sem número de pequenos projectos que não são estratégicos, nem contribuem para aumentar a qualidade e a competitividade da região enquanto destino turístico.»

O presidente da AHETA adiantou que «face aos 253 milhões de euros, que é aquilo que vamos ter direito nos próximos sete anos, há que concentrar essas verbas em dois grandes projectos que são determinantes e decisivos para o futuro da região.»

Segundo Elidérico Viegas, «a requalificação da Estrada Nacional 125 e sua prolongação até Sagres; e por outro lado fomentar o aparecimento de actividades económicas sustentáveis no interior e na serra, onde o turismo pode desempenhar um papel importantíssimo», são os dois principais projectos onde se devem investir os fundos do QREN.

«O Algarve tem que ser capaz de definir uma nova estratégia de desenvolvimeto económico e social para a região», adiantou o presidente da associação, para quem o turismo é e será o grande trunfo desta estratégia.

O comunicado acrescenta ainda que «embora conscientes que estas propostas contrariam a corrente dominante e representam uma ruptura com o que tem sido feito na Região sobre o QREN, o Algarve não pode continuar a aceitar passivamente o princípio da distribuição de fundos “per capita”, tal como aconteceu no passado.»

Para a AHETA o que está em causa é apoiar não apenas os cerca de 400 mil residentes, mas também e, sobretudo, uma actividade económica (turismo) com um papel exportador significativo a nível nacional e, por conseguinte, produtora de riqueza para o País, explica o comunicado e confirmou Elidérico Viegas à Rádio Horizonte.