21 junho 2007

Santo Graal

Segundo a Radio Vaticano, o Santo Graal poderia estar na Basílica romana de São Lourenço.


No ano 258 d.C, durante a perseguição de Valeriano, os tesouros eclesiais _ entre os quais um "cálice sagrado" _ foram entregues, pelo papa Sixto V, ao diácono Lourenço, que morreu quatro dias depois.

Esse "cálice sagrado" chamado pela tradição medieval de "Santo Graal", perdeu-se e, até hoje, nada se sabe de seu paradeiro. Existem numerosas lendas em torno da sua real ou fictícia existência, e cada uma delas atribui a sua localização a diversos lugares em todo o mundo, sobretudo nos países anglo-saxões.

Pesquisas realizadas pelo arqueólogo Alfredo M. Barbagallo, presidente da associação Arte e Mistério, dão conta que o Santo Graal jamais teria saído de Roma e se encontraria na Basílica de São Lourenço "fora dos muros".

Uma longa pesquisa sobre a iconografia medieval avaliza a hipótese do estudioso. Esses ícones, que representam o "cálice sagrado" e que se encontram no interior da basílica, indicam as adjacentes catacumbas de Santa Ciríaca, localizadas nos subterrâneos da igreja e fechadas há anos, dentro das quais estaria conservado precisamente o "Santo Graal".

Escritos do frade capuchinho Fr. Giuseppe Da Bra, de 1938, falam da presença do "cálice sagrado" no subterrâneo da basílica. O "Santo Graal", segundo a lenda, seria o cálice que teria sido usado por Jesus, na Última Ceia, com os apóstolos e no qual José de Arimatéia teria recolhido o sangue de Cristo, quando ele, já na cruz, foi trespassado pela lança do centurião.

Agora, as autoridades italianas deverão dispor a abertura das catacumbas sob a Basílica de São Lourenço "fora dos muros", a fim de que os objectos e esqueletos nela contidos possam ser analisados pelos estudiosos, e se possa confirmar ou negar _ uma vez mais _ a teoria do arqueólogo.

Na verdade, teorias como a sua não são novas e, como dissemos antes, foram várias as ocasiões em que alguém, em alguma parte do mundo, afirmou ter encontrado o "cálice sagrado ou Santo Graal", do qual Jesus teria bebido, na Última Ceia. Todavia, até hoje, tudo não passou de mera lenda.