30 novembro 2006

El Batefuegos de Oro 2006

A Câmara Municipal de Mação foi distinguida com o prémio espanhol “El Batefuegos de Oro 2006”, na Categoria Menções Honrosas, atribuído pela Associação de Promoção de Actividades Sócio-culturais (APAS), em colaboração com o Ministério do Ambiente de Espanha.
O Prémio foi no dia 23 de Novembro, em Madrid, contou com a presença de Saldanha Rocha, Presidente da Câmara Municipal de Mação, de António Louro, Vereador com o pelouro da Floresta, da equipa do Gabinete Técnico Florestal da Autarquia Maçaense e de Carlos Catalão, Chefe de Gabinete do Governador Civil de Santarém.
O “Batefuegos de Oro” representa o reconhecimento internacional pelo excelente trabalho desenvolvido pela Autarquia Maçaense no combate aos incêndios florestais e na defesa da floresta. Um prémio que, em 2003, foi também entregue ao Chile.
Refira-se que os Prémios “Batefuegos de Oro” têm como objectivo distinguir e divulgar acções exemplares no que respeita à correcta gestão da floresta, à protecção dos seus recursos e a todo o conjunto de actuações que têm como fundamento principal a prevenção e extinção de incêndios florestais.

22 novembro 2006

Portugal e a Desertificação

Mais de metade do território português corre o risco de ficar deserto e seco nos próximos 20 anos e cerca de um terço já está afectado pela desertificação, alertou o presidente da associação ambientalista LPN.

Um terço do país já está a ser afectado pela desertificação, quer ao nível dos solos, quer da população, referimo-nos ao Alentejo, ao interior algarvio e a toda a fronteira com Espanha, do Algarve a Trás-os-Montes.
«Portugal é um dos países onde a desertificação tem especial relevância e, se nada for feito nos próximos 20 anos, cerca de 66 por cento do território pode ficar deserto e seco».

Como causas deste cenário, que ameaça mais de metade do território nacional, o especialista aludiu ao agravamento dos efeitos da seca, aos incêndios florestais, ao crescimento urbano indevido em terras com potencial agrícola e à degradação dos solos, em resultado dos «maus usos e da poluição».
Independentemente deste cenário futuro, cerca de um terço do território já sofre «uma grave desertificação».
«A aridez dos solos já atinge quase todo o Alentejo e o interior algarvio», sublinhou, alertando mesmo para proporções «quase dramáticas» na margem esquerda do Guadiana, nos concelhos de Mértola, Castro Marim e Alcoutim.

No entanto, este fenómeno não está confinado ao Sul do país. «Todo o interior junto à fronteira com Espanha, do Algarve a Trás-os-Montes, está a ficar deserto», com a perda de potencial biológico dos solos (desertificação física) e de população (desertificação humana).

Para inverter esta tendência de desertificação e «evitar os piores cenários», defende-se a adopção de medidas «concretas e eficazes» de fixação da população activa nos meios rurais, de conservação do solo e da água e de recuperação das áreas já afectadas. «Se nada for feito, Portugal deixará de ser competitivo a nível europeu, terá grandes dificuldades de abastecimento público de água e a qualidade de vida terá tendência para se degradar».

A investigação das causas e das formas para combater o fenómeno, a sensibilização da população e a inclusão da luta contra a desertificação e a seca nas políticas gerais e sectoriais são outras das medidas preconizadas. [in ciberia]

13 novembro 2006

Encontos pelo Algarve

De 14 a 25 de Novembro vão decorrer em vários pontos da Região, os “EnContos pelo Algarve”, um evento em torno da narração oral, onde serão feitas diversas sessões de contos e oficinas

Neste evento estarão presentes contadores de estórias internacionais, nacionais e locais. “Para além de trazer contadores de fora, queremos no EnContos valorizar e promover os contadores da região”, declara fonte da organização em comunicado.

Os EnContos são uma ideia conjunta de três associações algarvias: Ideias do Levante de Lagoa, a ARCA de Faro e a Associação de Jovens Sambrasense de São Brás de Alportel, que se juntaram para organizar um grande evento de promoção da narração oral, no Algarve. (in RegiãoSul)

12 novembro 2006

Seminário “Combate à Desertificação no Algarve”

A Assembleia Municipal de Lagos vai levar a efeito no dia 18 de Novembro de 2006 (Sábado), a partir das 15.00 horas, no auditório do Centro Cultural de Lagos, a organização de um seminário subordinado ao tema “Combate à Desertificação no Algarve”, tendo sido convidado para o efeito um conjunto de personalidades especialistas neste assunto. (in Canal Lagos)

07 novembro 2006

Concerto pela Orquestra do Algarve

Dia 10, sexta-feira
Faro, Igreja do Carmo, 21h30

1ª Parte
J. S. Bach (1685-1750)
Concerto para dois violinos em Ré menor, BWV 1043
I. Vivace
II. Largo, ma non tanto
III. Allegro

D. Schostakovitch (1906-1975)
Sinfonia de Câmara , Op. 110a (Quarteto de Cordas Nº 8, arranjo de R. Barshai)
I. Largo
II. Allegro molto
III.Allegretto
IV. Largo
V. Largo
(Tocado sem pausa)

2ª Parte
F.J. Haydn (1732-1809)
Sinfonia Nº 104 em Ré Maior Londres
I. Adagio - Allegro
II. Andante
III. Menuetto
IV. Finale: Spiritoso

Maestro Michael Thomas
Solistas
Roy Theaker (Violino)
Michael Thomas (Violino)

01 novembro 2006

Terramoto de 1755

1 de Novembro de 1755
O sismo teve o epicentro no mar, a oeste do estreito de Gibraltar, atingiu o grau 8,6 na escala de Richter e o abalo mais forte durou sete intermináveis minutos. Por ser Sábado, acorreram mais pessoas às preces. As igrejas tinham os devotos mais madrugadores. Só na igreja da Trindade estavam 400 pessoas. Se os abalos tivessem começado mais tarde, teria havido mais vítimas, pois os aristocratas e burgueses iam à missa das 11 horas. Depois dos abalos, começaram as derrocadas. O Tejo recuou e depois as ondas alterosas tudo destruíram a montante do Terreiro do Paço e não só. Era o fim do mundo!
Os incêndios lavraram por grande parte da cidade durante intermináveis dias. Foram dias de terror. As igrejas do Chiado e os conventos ficaram destruídas. A capital do império viu-se em ruínas, já para não falar de outras zonas do país, como o Algarve, muitíssimo atingida pelo sismo e maremotos subsequentes. Do Convento do Carmo, construído ao longo de mais de trinta anos e terminado, provavelmente, em 1422, com o empenho e verbas do Condestável Nuno Álvares Pereira, sobrou um amontoado de ruínas. A comunidade italiana que mandara construir a Igreja do Loreto viu cair o sino da torre, e, de seguida, o incêndio tudo consumiu. Ficaram os escombros. Quanto às igrejas da Trindade e do Sacramento desapareceram. «O Sacramento, das 17 freguesias que sobre a ruína do abalo sofreram o estrago do incêndio, foi das mais destroçadas nessas horas funestas.» Não foi poupado o antigo Convento do Espírito Santo, que haveria de transformar-se nos Armazéns do Chiado e Grandela. As ruínas do Convento do Espírito Santo foram depois compradas por um argentário, conhecido por Manuel dos Contos, mais tarde barão de Barcelinhos e depois visconde. A filha única casou com o 2º visconde de Ouguela, que foi proprietário do edifício até ao dia em que o vendeu para ser transformado nos hotéis Europa, Gibraltar, Universal, (tão falado em “Os Maias” de Eça de Queiroz) e Hotel dos Embaixadores, que já não existem. Sofreram um grande incêndio, em Setembro de 1880. Em 1894, os Armazéns do Chiado adquiriram a parte central. Outro incêndio, o de Agosto de 1988 destruiu por completo aquele espaço. Os mais cépticos não acreditaram que o Chiado renascesse, mas ficou provado que ele tem "artes mágicas" para reviver e atrair a si tudo e todos.
Na voragem do terramoto de 1755 desapareceram cinquenta e cinco palácios, mais de cinquenta conventos, a Biblioteca Real, vastíssima em livros e manuscritos e as livrarias (como sinónimo de bibliotecas) dos conventos de S. Francisco, Trindade e Boa Hora. As chamas reduziram a cinzas milhares de livros em cinco casas de mercadores de livros franceses, espanhóis e italianos, e em vinte e cinco – contadas por Frei Cláudio da Conceição – lojas e casas de livreiros. Salvou-se o precioso arquivo da Torre dos Tombo, devido aos cuidados do seu guarda-mor Manuel da Maia. Um jovem inglês de apelido Chase, que presenciou tudo, escreveu numa carta á família: «Porque o povo possuído da ideia de que era o Dia do Juízo, e querendo-se antes empregar em obras pias, tinha-se sobrecarregado de crucifixos e santos, e tanto os homens como as mulheres, durante os intervalos dos tremores, entoavam ladainhas ou atormentavam cruelmente os moribundos com cerimónias religiosas e, cada vez que a terra tremia, todos de joelhos bradavam misericórdia, com a voz mais angustiosa que imaginar se possa.» Balanço da tragédia: entre 20 a 100 mil vítimas mortais, numa população de 260 mil e mais de 10 mil edifícios destruídos.
O terramoto causou grande destruição por todo o Sul do País, desde Vila Real de Santo António a Castelo de Vide, na fronteira espanhola, e até à Ericeira, na costa Atlântica.