26 setembro 2006

Algarve 3 - actualidade

[... continuação de Algarve 2 - medieval ao contemporâneo]
A província do Algarve, com uma área total de 4.954,5 quilómetros quadrados, e uma população aproximada de 345.000 habitantes, é a região mais ao Sul de Portugal Continental.
A estrutura administrativa da província do Algarve, é composta pelo Governo Civil do Distrito de Faro, 16 Municípios e 79 Freguesias, CCRA (Comissão de Coordenação da Região do Algarve), ARS/Algarve (Administração Regional de Saúde) e diversas Delegações Regionais – órgãos desconcentrados do Governo. Existe ainda a R.T.A. (Região de Turismo do Algarve), órgão responsável pela promoção turística do Algarve e, nessa medida, executa, promove e apoia os principais eventos que se realizam na região.
A capital administrativa da província do Algarve é Faro e o maior concelho em termos de área geográfica é o de Loulé com cerca de 765 quilómetros quadrados. Ao todo, são 16 os municípios desta província – a mais ao sul de Portugal: Albufeira, Alcoutim, Aljezur, Castro Marim, Faro, Lagoa, Lagos, Loulé, Monchique, Olhão, Portimão, São Brás de Alportel, Silves, Tavira, Vila do Bispo e Vila Real de Santo António.
Clima
O clima, em toda a Região Algarvia, é mediterrânico oferecendo uma temperatura tão deliciosa em Novembro como no auge do Verão, em pleno mês de Agosto. Senão vejamos: a temperatura média do ar situa-se entre os 12,2º no Inverno (Janeiro) e os 30º no Verão (Agosto).
A temperatura da água do mar oscila entre os 14,3º em Janeiro e os 21,3º em Setembro. Em termos de tempo solar, o Algarve usufrui de qualquer coisa como 3.065 horas de Sol durante os 365 dias do ano.
A Praia e o magnífico Sol que as cobre constituem a principal atracção, motivo pelo qual o Algarve se transformou nos últimos 15 anos na principal região receptora de turismo do nosso país.
Os empreendimentos vocacionados para a recepção do turismo começaram a implantar-se na região há perto de trinta anos e hoje, quer os empreendimentos de Vale do Lobo e da Quinta do Lago, sedeados na Freguesia de Almancil, quer outros mais recentes que se têm implantado em todo o litoral oferecem aos seus clientes condições ímpares em todo o mundo.
[... continua]

25 setembro 2006

Algarve 2 - medieval ao contemporâneo

[... continuação de Algarve 1 - origens]
Em 1241 Lagos e Silves são conquistadas definitivamente pelos cristãos, comandados D. Paio Peres Correia, mestre da Ordem de Santiago. Em 1249, no reinado de D. Afonso III de Portugal, o Algarve fica totalmente conquistado pelos portugueses. Desde então, e até à proclamação da República, em 1910, os monarcas portugueses passaram a ostentar o título de "Rei de Portugal e dos Algarves".
O contributo da cultura árabe na Península Ibérica foi marcante na arquitectura, agricultura e técnicas de rega, artes de pesca e de construção naval, literatura, matemática e geografia, bem como na maneira de ser e fisionomia das gentes, e em mais de 600 vocábulos na língua portuguesa.
Esta região do Algarve tem novo ressurgimento com o estabelecimento das bases, na primeira metade do século XV, pelo Infante D. Henrique, da exploração marítima e comércio da costa ocidental africana e ilhas atlânticas. Os conhecimentos náuticos obtidos pela expansão marítima e exploração da costa ocidental africana, ficaram conhecidos por "Escola de Sagres". Para organizar o comércio atlântico, foi estabelecida a Casa da Guiné e da Mina, em Lagos, onde também se estabeleceu o primeiro mercado de escravos. Após a morte do Infante, em 1460, a Casa da Guiné e da Mina foi transferida para Lisboa.
Facto marcante da história económica do Algarve foi, a partir dos finais do século XIX, aproveitando a abundância de peixe nas suas costas, o estabelecimento de uma nova indústria, trazida por italianos e franceses, a das conservas de peixe. Os produtos oriundos do mar, bem como a cortiça, os frutos secos e os citrinos, foram a base das produções do Algarve, até que, a partir da década de sessenta, após a abertura do Aeroporto de Faro, e até hoje, o turismo e todas as actividades correlacionadas, se tornaram numa das principais actividades económicas da região.
"Um paraíso", escreveu no seu diário sobre o Algarve, o primeiro turista, em 1801, o inglês Robert Southey, preso em Lagos por vagabundagem.
[... continua]

21 setembro 2006

Dia Mundial do Coração 2006

20 setembro 2006

Algarve 1 - origens

O território definido como a província do Algarve pertenceu à antiga província romana da Lusitânia, tendo posteriormente feito parte dos domínios visigodos.
No ano de 711, Tarik ibn Zyad passa o Estreito de Gibraltar e derrota o rei dos visigodos, Rodrigo, na batalha de Guadalete. Em 712, Abd Al-Aziz Ben Mussa conquista o "Gharb Al Andaluz"; sendo Andaluz (palavra de origem latina que significa Terra dos Vândalos) o nome dado ao território da Península Ibérica ocupado pelos Árabes, significando a palavra Gharb, Ocidente, ou, Al-Gharb, O Ocidente.
Da palavra árabe "Al-Gharb" deriva a actual palavra portuguesa Algarve. Em 750, a dinastia Abássida (de Bagdad) destronou os Omíadas (de Damasco). A dinastia Omíada (Ben Umaia) teve continuidade na Península Ibérica, com a conquista desta por Abd Ar-Rahman Ben Umaia, que, em 756, estabeleceu o Califado omíada de Córdova.
Em 1091 dá-se a queda da dinastia Omíada e estabelecem-se no Andaluz os "1ºs Reinos da Taifas", a de Silves e a de Faro, no território actual do Algarve. Destacam-se como governantes destes reinos os poetas Al-Mu'tamid e Ibn'Amar. Os Almorávidas (Al-Murabitun), provenientes do Sara Ocidental, unificam o Al-Andaluz e estabelecem a sua capital em Sevilha.
Em 1143 dá-se a fundação de Portugal. Em 1144 estabelecem-se os segundos Reinos das Taifas: o governo dos Muridines (filósofos sufis) e do místico Ibn Caci em Silves. Em 1147, a dinastia berbére Almóada (Al-Muahadin) reunifica o Al-Andaluz. Em 1189, o Rei de Portugal, D. Sancho I, auxiliado pelos cruzados, conquista Lagos (Az-Zauia) e Silves (Chelb) pela primeira vez. Em 1190, o Almóada Yacub Al-Mansur ( Almançor) conquista o Gharb Al-Andaluz, retomando as localidades algarvias em poder dos portugueses. O poder Almóada termina em 1230 com o estabelecimento dos 3º Reinos das Taifas.
[... continua]

14 setembro 2006

o solo mio

12 setembro 2006

Semana Europeia da Mobilidade

A Semana Europeia da Mobilidade decorre de 16 a 22 de Setembro
A Semana Europeia da Mobilidade (SEM) pretende exercer uma influência durável em matéria de mobilidade e de transportes urbanos e contribuir para melhorar a saúde e a qualidade de vida dos cidadãos europeus. A SEM é organizada todos os anos entre 16 e 22 de Setembro e celebrará em 2006 a sua quinta edição, subordinada ao tema “ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS”.

Faro promove exposição de energias renováveis e de veículos amigos do ambiente

Mais de trinta veículos amigos do ambiente poderão ser observados e testados pelos visitantes da Exposição Energias Renováveis – Mobilidade Sustentável que terá lugar no Largo da Pontinha, em Faro, durante os próximos dias 16 e 22 de Setembro, no âmbito da Semana Europeia da Mobilidade.
Os visitantes terão oportunidade de ver e experimentar um conjunto diversificado de veículos não poluentes que utilizam as mais diversas tecnologias amigas do ambiente, nomeadamente veículos movidos a energia solar, a Biodisel, óleo vegetal, automóveis eléctricos e híbridos, para além de bicicletas assistidas electricamente, trotinetes eléctricas e triciclos eléctricos, Segwais, etc.
No dia 22 de Setembro estes veículos irão participar num circuito com duas provas de perícia, em Faro, pelas 11 horas e em Vilamoura, pelas 15 horas, estando o regresso a Faro previsto para as 17h30.
Durante a exposição poderá igualmente ficar a saber como se produz e elabora Biodisel, assim como o que precisa de fazer para a sua utilização em veículos a Diesel, a utilização directa de óleo vegetal (alimentar) em veículos a Diesel.
A exposição – patente no largo da Pontinha, em Faro - terá ainda uma ampla demonstração de utilização de energias renováveis, com mais de 20 expositores presentes sobre energia solar térmica, energia fotovoltaica, energia eólica, energia das ondas, realizando-se mesmo “almoços solares” diários, nalguns dos fornos solares em exposição.
A Semana Europeia da Mobilidade é uma organização da Câmara Municipal de Faro, do Clube Automóvel do Algarve e da Associação Portuguesa do Veículo Eléctrico.

07 setembro 2006

Alcoutim em festa até domingo

Manifestação fluvial a favor da construção da ponte Alcoutim-Sanlúcar faz parte do Programa das festividades. Alternativa à única ponte existente no Baixo Guadiana ganha estatuto de urgência.

Recorde-se que a construção da ponte Alcoutim-Sanlúcar é uma velha aspiração das populações desta zona transfronteiriça. A favor dela têm-se desenvolvido inúmeras acções reivindicativas, especialmente a partir de uma manifestação no rio em 1999, e depoimentos de autoridades de Portugal e de Espanha, exposições, abaixo-assinados e manifestações diversas.

A decisão de construir a ponte foi aprovada pela República Portuguesa e pelo Reino de Espanha na Convenção de Albufeira, Cimeira Aznar-Gueterres, realizada em 1998. Em 2001-2002, foi realizado um Estudo Prévio (que incluiu o estudo de impacto ambiental e social), que definia a localização da ponte e suas características essenciais, não tendo havido seguimento da parte das autoridades, tanto portuguesas como espanholas.

Sabe-se que na última reunião da Comissão Mista Luso-Espanhola de Pontes, realizada em Madrid, em 26 de Abril de 2006, esta ponte foi incluída na agenda, tendo a delegação espanhola ficado de indagar a posição da região autónoma da Andaluzia sobre este processo. Entretanto, na sequência de um grave acidente rodoviário ocorrido no dia 18 de Julho sobre a Ponte Monte Francisco - Ayamonte, em que durante horas a circulação esteve encerrada, levantou-se a questão e a exigência da construção da Ponte Alcoutim-Sanlúcar passou a ter maior legitimidade, até porque ela será a alternativa indispensável à única ponte internacional do Baixo-Guadiana. (in Região Sul)


Alcoutim
O concelho de Alcoutim é o que da província do Algarve mais a nordeste se situa. Ocupa uma posição fronteiriça com a vizinha Espanha e a sede de concelho do mesmo nome encontra-se posicionada na margem direita do Rio Guadiana, em frente a San Lucar del Guadiana.

A vila de Alcoutim, com as suas ruelas tortuosas, guardam "segredos" de outros tempos, precisamente por ter sido palco de muito contrabando, donde restaram para os dias de hoje grande amizades e laços culturais com os vizinhos espanhóis da margem esquerda do rio que os dois povos partilham.

As origens de Alcoutim remontam ao período Calcolítico, época em que uma tribo celtibética ali se terá fixado. Pelas excelentes características de navegabilidade do rio, ter-se-à desenvolvido um intercâmbio transfronteiriço, nomeadamente através da exportação de trigo e minérios, e se importavam produtos para a construção e sal. Posteriormente em Alcoutim, se terão fixado outros povos - Fenícios, Gregos e Cartagineses. No século II a.C. a localidade terá sido ocupada pelos Romanos, que a baptizaram por Alcoutinium, e mais tarde pelos Árabes, donde surgiu a designação de Alcatiãos.

Alcoutim passou a ser território português no ano de 1371, resultante de um Tratado de Paz entre os reis de Portugal e Castela, respectivamente, D. Fernando e D. Henrique.

Os vestígios históricos existentes mais preponderantes são o Castelo da Vila - digno de uma visita -, a Igreja Matriz do Salvador, de três naves e quatro tramos, a Ermida de Nossa Srª da Conceição, com seu portal manuelino (sec. XVI), entre outros vestígios que se encontram um pouco por todo o concelho, como é o caso do Menir do Lavajo - monumento megalítico situado na povoação de Afonso Vicente, freguesia de Alcoutim - tornado público em 1992 por Mário Varela Gomes, João Cardoso e António do Nascimento Joaquim.

Alcoutim mantém bem viva a sua grande fonte de riqueza - o artesanato tradicional. Os arranjos de flores, a renda de bilros, a tecelagem, a olaria e a cerâmica, ou a cestaria, a empreita e, por fim, a produção de aguardente de medronho, são algumas das actividades complementares da população alcouteneja, hoje quase inteiramente dependente do que se produz na agricultura e na pastorícia. Sobrevivem ainda, felizmente, algumas profissões tradicionais que a era do plástico não conseguiu destruir - graças aos apoios institucionais que entretanto surgiram -, tais como o
sapateiro, o caldeireiro, o albardeiro e o latoeiro.

O concelho de Alcoutim é também uma grande zona de produção de caça e por isso para lá convergem muitos caçadores onde se deliciam com os petiscos da zona, designadamente, uma boa Açorda de Galinha, uma Caldeirada de Lampreia, tendo como entrada um queijo de cabra ou uma chouriça e o pão caseiro. Os doces de amêndoa e figo são típicos neste concelho.

04 setembro 2006

Feriado Municipal de Faro

Concerto Comemorativo do DIA DA CIDADE
7 de Setembro de 2006 às 22H00

Mais uma vez, com o patrocínio da Câmara Municipal de Faro, a Orquestra do Algarve junta-se ao Teatro Municipal de Faro para lhe trazer uma noite de música clássica a não perder, num concerto inserido nas comemorações do dia da cidade.
Este concerto pretende também celebrar os centenários do nascimento de Fernando Lopes-Graça e de Dimitri Schostakovich bem como os 250 anos do nascimento de W. A. Mozart.
A solista convidada para a efeméride é a pianista Ingeborg Baldaszti, artista austríaca que foi, em 1996, eleita ""Artista do Ano"" pela revista de música austríaca SIMs.
Ingeborg Baldaszti actuou com maestros de grande renome e algumas das mais importantes Orquestras do Mundo.

PROGRAMA
1ª PARTE
Fernando Lopes-Graça (1906-1994)
Sinfonietta(Homenagem a Haydn), Op. 220
Dmitri Shostakovich (1906-1975)
Concerto Nº 1 em Dó Menor para Piano, Trompete e Cordas, Opus 35

2ª PARTE
W.A. Mozart (1756-1791)
Sinfonia Nº 35 em Ré Maior, K. 385, Haffner

MAESTRO, Osvaldo Ferreira
SOLISTA (PIANO), Ingeborg Baldaszti

03 setembro 2006

Passeio na Ria de Faro